quarta-feira, 27 de julho de 2011
I'm back
Depois de voltar a escrever esse ano, postei bastante coisa aqui. Vindo pra patos, deixei o blog de lado pra voltar a escrever meu projeto de livro que, apesar de ter mais de quatro anos de ideia, está no terceiro capítulo pra terminar. Chama-se O Inimigo do Mal e é da época que os vampiros ainda não brilhavam no sol. Já ficou pronto na minha cabeça, mas a parte de colocar no papel ainda vai levar um tempo. Mando o que já foi feito pra algum interessado e sempre aceito ideias. Esses dias terminei de ler o primeiro livro da série As Crônicas de Gelo e Fogo, fantástico. Agora estou assistindo o seriado que não perde em nada e preciso de alguém pra ficar comentando sobre hahaha. Finalmente as férias do blog acabaram e termino aqui pedindo desculpas a legião de fãs desolados pela pausa nas postagens.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Descompasso
Pequenas luzes pairam acima de nossas cabeças enquanto nossos corpos balançam desorientados. Pela janela, o céu já não mostra seus astros; é azul-claro e aurora, anunciando a vinda da estrela da manhã. Ela não me olha, não quando vê que estou olhando. Fica fitando o vazio, como se tivesse algo lá, como se estivesse lá. Murmuro qualquer coisa, ela ri; tudo muito bem ensaiado. Somos só mais um, um para outro. Não pertencemos àqui – pensei. A música ensurdecedora, ou série de intermináveis palavras que se repetem em demasio, ecoa em nossos ouvidos, implacável. Pergunto se quer beber algo. Ela faz que sim, nos damos às mãos e enfrentamos a multidão. Esbarrões e cigarros, e logo beber já não importa tanto. Queremos sair dali, aglomerado de apetites. Também tenho os meus, me misturo, me perco. Bem no canto, alguém nos observa. Talvez buscando sinais de felicidade ofuscados por fumaça e penumbra. Em vão. A bebida chega e desce rápida, insípida, enquanto nossos olhos se atravessam. Esboço um sorriso e digo que vou ao banheiro. Beijo-lhe a boca, macia e desconhecida. Não nos separamos, não estávamos juntos para tal. Porneia. O chão imundo, pegajoso. Me deparo com o espelho e desconheço a figura pálida e sem foco. Saio e procuro ao meu redor, nada. Ninguém parece familiar, todos se parecem. Meus pés sentem e minha cabeça gira num descompasso. Se ela se fora, não sei, nem se existiu só em minha mente. Já não saberia distinguir. Lá fora um dia tão lindo e aqui dentro só escuridão.
domingo, 29 de maio de 2011
Deveras
Entranhas queimam enquanto o hálito de fogo passa e deixa sinais vívidos no que antes era algo inteiro. Assim fora intocável no começo, e inegavelmente puro, como a alma que se corrompe pouco a pouco ao ver todo o seu redor dançar aquilo que mais despreza e cospes em si por não haver revolta diante de tal. És tão culpado quanto como os que vê, cúmplice dos erros e defeitos mas visíveis. Estais só nessa jornada de mercenários e bruxas horrendas, entre espinhos e solidão, num berro a procura de entendimento e paz. Onde estariam as belas ninfas e dríades que rodopiavam a fogueira que construíste? Estupefato viste que todo o crescimento fora aparente e nem o amor tem sido completo diante do mundo. Mundo torpe, vil, irreal, hostil. Não era o plano, não espereis que ninguém se importe. Fim? Bem, querias que fosse. Mas nem fim o trará alento. O beijo antes doce, vira eterno sofrimento. A inocência chega ao fim, a dor; apenas começo. Deves ser forte, como sempre foste. Não só aparência, que tragicamente se desfaz em mil erradas conclusões, cheias de si, inteiramente vazias. Pedes clemência a UM ser que desconheces, e busca plenitude no infinito. És tão sábio que quando notares a ausência do que mais precisa, é quando a terás perdido por completo. Negaria todo o seu eu por alguém? Não serias por tanto incapaz de ser? É como terminarás mais uma noite quimérica, só, perdido nas entranhas feridas por ti. Sonhaste; já passou. Mas a história não acaba, nem escolhes onde vais parar.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Imperfeito
Às vezes eu queria saber melhor como falar o que sinto. Fico preso naquelas frases que soam tão pueris. É um lado meu que confunde as pessoas mais próximas; talvez porque é com elas que sou mais eu. Pensei que dizer o que sinto era um sinal de fraqueza. Mas e se minha fraqueza for você?
Não vou desperdiçar o que temos por pequenas coisas, deslizes... a não ser que realmente estejam cheios de mim. Esse Trem que não tem nome (e por isso é tão especial) de repente apitou, partiu, e nos deixou para trás. Ficamos sem (nos) entender, sem norte, algo assim. Não sei mesmo pra onde ir. Só que nessa história continuamos um perto do outro, mesmo que distantes. A qualquer hora passa o próximo trem e aí? Não quero perder de novo. Não mesmo.
Não vou desperdiçar o que temos por pequenas coisas, deslizes... a não ser que realmente estejam cheios de mim. Esse Trem que não tem nome (e por isso é tão especial) de repente apitou, partiu, e nos deixou para trás. Ficamos sem (nos) entender, sem norte, algo assim. Não sei mesmo pra onde ir. Só que nessa história continuamos um perto do outro, mesmo que distantes. A qualquer hora passa o próximo trem e aí? Não quero perder de novo. Não mesmo.
sábado, 21 de maio de 2011
When the music is over
Aurora chega e sinto frio
Espero, inerte, o fim.
Não há esperança para o coração vazio
Deito, só, sem mim.
Peço desculpa,
desminto,
Se tive culpa.
Nem sinto.
Espero, inerte, o fim.
Não há esperança para o coração vazio
Deito, só, sem mim.
Peço desculpa,
desminto,
Se tive culpa.
Nem sinto.
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Innocence is Over.
Pensei em escrever sobre minha infância, descobertas, adolecência. Sem responsabilidade, falta de responsabilidade. Não me reconheço ou conheço; nem tenho pressa. E eu sei, nem vai mudar nada. Mas muda. Vivendo agora meus últimos intantes sem responder por meus atos, penso na lista das pessoas para liquidar (já com nomes riscados) que nunca fiz. Me presenteei com o que sempre quis, fui lá e pronto. Dois discos lindos. E daí que (quase) nunca vou escutar? Vou fazer isso todo ano agora. Lendo o que escrevi nos últimos três aniversários percebi quão poucas coisas a gente incorpora e traz para nossas vidas. E o resto, ficou em branco? Só ficam as escolhas, o caminho traçado e o que encontramos nele. Como é de costume, mostro como vejo a data que pensamos ser nossa. Parabéns, por quê? A parte do tudo de bom, felicidades, é mais compreensível. Apesar de serem desejos bem abrangentes. Mas eu não reclamo não, de tantos abraços, desejos, ligações e beijos. Aqueles velhos amigos reaparecem e por um segundo eu lembrei que já passei por muita coisa. Nem por isso me sinto mais velho, só amarrotado; é até melhor assim. É a hora certa para mudar, mas não sei se quero. Só se for sem perceber.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Só/mos/
A princípio, nada mudou.
Seguiu-se interrupção.
Não entendo o que sou.
Não sei quem são
Parecido, destoante
Presos num instante
Cansei, já foi.
Somos maiores, queremos além
temos pouco, louco, rouco.
Perdi a voz
tenho alguém.
Seguiu-se interrupção.
Não entendo o que sou.
Não sei quem são
Parecido, destoante
Presos num instante
Cansei, já foi.
Somos maiores, queremos além
temos pouco, louco, rouco.
Perdi a voz
tenho alguém.
domingo, 1 de maio de 2011
E o meu desejo se perdeu de mim.
Ó messias, dono de verdades irrefutáveis e estranhamente esmagadoras. Peço perdão nesta hora pois pequei. Pequei pois entre todos meus instintos (dos quais sei que és isento) me perdi em hedonismo e luxúria. Seis que lê o que se passa em meus profundos e sujos pensamentos de vil, mero mortal. Rogo por salvação e paz eternas, arrependido de meus desacertos, tão mal intencionados; agora percebendo meus apetites (e sua aversão, justificada pela pureza). Existir é penoso e fujo de sentir nas pequenas, pecaminosas e pertecentes à Asmodeus (onde certa hora pisarás) coisas.
Entretanto, discordo do discurso e necessito elucidação.
Fingir não se importar é aceitação.
Incômodo inerte implica conivência.
Ânsia é a sinceridade não consumada.
Diálogo engolido por nem tentar.
Ignorar é também fingir.
Sem querer sei que sentes.
Entretanto, discordo do discurso e necessito elucidação.
Fingir não se importar é aceitação.
Incômodo inerte implica conivência.
Ânsia é a sinceridade não consumada.
Diálogo engolido por nem tentar.
Ignorar é também fingir.
Sem querer sei que sentes.
Assinar:
Postagens (Atom)